sábado, 22 de maio de 2010

Todo mundo fica maluco

Quando uma pessoa próxima e querida tem um diagnóstico de câncer, as pessoas não se dão conta do quão malucas ficam.
Ricardo, meu ex-marido e pai de minha filha que me dá todo apoio a quem serei eternamente agradecida, pirou. Ainda no hospital, quando ele soube que havia tratamento e chances de cura, começou a agir como se eu estivesse com uma jujuba na barriga. Eu o ouvia no telefone dizendo a todos: Tudo excelente, estou muito contente e tranquilo – Não conseguia ficar parado e fumava escondido na janela. Contente e tranquilo? Que zen... Mas o melhor foi quando a minha segunda sessão de quimioterapia foi adiada por causa daquela chuva horrível no Rio, liguei para dr. Eduardo ele disse que não havia problema, faríamos no dia seguinte. Só que como faço em uma clínica de quimioterapia em Copacabana e não parava de chover, ele no auge da maluquice me disse:
- Já sei, vamos para clínica da Barra! Sim! ... vamos de madrugada, não tem trânsito, podemos nos hospedar num hotel ou na casa de alguém! (detalhe: não conhecemos ninguém que mora na Barra) Podemos sair às 4 horas da manhã!
Gente, será que ele não se tocou que se nós não conseguíamos chegar, os médicos e enfermeiros também não?

2 comentários:

  1. Eu piro, tu piras, ele pira! No final dá tudo certo!

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  2. Quando conversei com o Ricardo sobre você, ele realmente demonstrou muito otimismo e, principalmente, um imenso companheirismo de deixar muitos maridos "no chinelo"! Ter um amigo assim, que ainda por cima é um paizão, dá para relevar qualquer piração!
    Beijos,
    Claudia, Joca e Bento

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